quarta-feira, 23 de maio de 2012

Sertão do Apodi realiza I Encontro sobre Poder Público e Desenvolvimento Territorial

A Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), a Prefeitura Municipal de Apodi e o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) realizam o I ENCONTRO DE DISCUSSÃO SOBRE PODER PÚBLICO E DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL que será realizado no dia 29 de maio de 2012, a partir das 13:30h, no auditório do Instituto Federal Tecnológico do Rio Grande do Norte (IFRN), em Apodi-RN.
Na ocasião serão debatidos com os gestores públicos dos municípios do Território Sertão do Apodi, representantes de instituições e órgãos de governo, a importância do poder público para o desenvolvimento territorial, ao mesmo tempo em que serão divulgados os resultados da pesquisa do Projeto INOVAÇÃO, DIVERSIDADE E SUSTENTABILIDADE NA GESTÃO DE TERRITÓRIOS RURAIS: monitoramento e avaliação do desenvolvimento do Assú-Mossoró e do Sertão do Apodi (RN), realizada no período de Agosto de 2010 a Junho de 2011, numa parceria entre o grupo de pesquisa Desenvolvimento Regional: agricultura e petróleo da Faculdade de Ciências Econômicas (FACEM/UERN) e a UFERSA.

Prof. Dr. Emanoel Márcio Nunes
Coordenador Geral do Projeto 
Fátima de Lima Tôrres
Gestora da Célula Sertão do Apodi



terça-feira, 22 de maio de 2012

Poesia de Zé Rêgo Ler para Saber (aos estudantes)

Ler é mais importante que estudar
Todos precisam ter essa visão
Para o intelecto à perfeição se adequar
Temos que fazer a nossa lição

Viver numa desditosa ilusão
De que se ir e vir à escola plena sabedoria irá galgar
Apenas carregar caderno e livro na mão
No mundo do conhecimento nunca vamos chegar.

É necessário urgentemente todos encarar
A importância da leitura para uma boa formação
Aquele que na leitura não se habituar
Dificilmente fará uma grandiosa dissertação.

Não pense outra vez siga nessa direção
Nas páginas dos livros passe a navegar
Só com os professores dando explicação
Não será o suficiente para nos aculturar

Quem deseja no futuro ser um sábio, brilhar
Na leitura encontrará a solução
Facilmente em qualquer concurso irá passar
Só conquistarão êxitos em sua profissão.

O hábito à leitura leva a perfeição
Capacitando o cidadão a se intelectualizar
Quem não fizer corretamente a sua lição
Difícil barreira na frente é que irá encontrar.

O computador serve para se pesquisar
O livro está além dessa mera condição
Suas páginas não ficaram para com o tempo amarelar
Mas para que se leia com vontade e atenção.

O “msn”, o “facebook”, o “twitter” tenha como diversão
O livro o tenha como fonte do saber, do se conscientizar
Ler é cultura, sabedoria, conhecimento e não diversão
O maior vício que a vida se possa presentear.

Se um futuro promissor queira a vida dar
Não Procure outra meio outra solução
É só na leitura viver, se habituar
Está dada à vida toda a sua solução.

Não deixe para última ocasião
Desde a infância tenha a leitura em primeiro lugar
A escola como a casa para ver e ouvir orientação
E nas páginas dos livros deleitem-se, tenha gosto em folhear.

Apodi/RN, 27 de abril de 2012.
Zé Rêgo 
 

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Quanta Saudade - William Guerra

Ainda está aqui, na minha memória enrugada,
As imagens daquela rua pequena e sem guarda-noturno,
Não carecia da vigilância alheia,
O costume era amizade, sossego e bondade.
Rua descalça onde enterrei minha infância inteira!
Quantas vezes, à sombra pelas calçadas,
Brincava encantado com os redemoinhos velozes,
Rodopiando feitos dançarinos na ponta do pé,
Carregando a sujidade da rua,
Alertando do pecado pela gula à sesta,
Sumindo no eito do mundo,
Deixando o vácuo como um buraco no tempo.
Rua cansada de tantos anos vividos,
Testemunha de traições e aparências enganosas,
De alegrias e festas, de amantes aos beijos,
Quando era noite de lua cheia,
Os clarões entortados pela ventania,
As sombras de fantasmas pelos lençóis de areia.
Rua sem mistério, que guardava as mágoas,
Que dava alento às ilusões...
Se soubesses falar, enquanto vivias,
Ó rua dos meus sonhos, o que dirias,
Para os que a habitavam sem vexame,
Acostumados com tuas manias?
As casas agarradas umas nas outras,
Assim querendo dizer que eram irmãs...
E eram todas as moradias de cumeeiras altas,
Com suas telhas feitas pestanas,
E a frente das casas era que nem olhos,
Olhando o mundo, olhando a vida de cada um.
Rua que parecia num sorriso eterno,
Nascida antigamente, envelhecida,
Mas nunca sem deixar o carinho,
A ternura, a sua proteção e o seu amor...
Hoje, olhando para ti, a mudança monstruosa,
Com asfalto, portões de ferro não se vêem mais seus tetos,
Nem pestanas e aqueles olhos hoje tão escuros,
Parecem cegos, acabou com a tua vida essa mudança,
Ó rua onde enterrei inteira a minha infância!


De: William Lopes Guerra

terça-feira, 15 de maio de 2012

Casa de Cultura de Apodi realizará processo seletivo para Agentes de Leitura

A diretora da Casa de Cultura Popular Palácio Soledade, Anábia Feitoza, vem informar que a segunda fase do processo seletivo para o Programa Agentes de Leitura será realizado no próximo domingo, dia 20 de Maio, das 09h00 as 13h00, no Núcleo da UERN de Apodi. A prova será composta por uma Redação e questões de Interpretação de Texto.

Os candidatos selecionados deverão está no local da prova 30min antes do horário inicial, que se dará as 09h00, horário em que os portões serão fechados.Os candidatos deveram levar caneta esferográfica azul ou preta.Nenhum outro objeto será permitido.

 

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Fatos que ocorreram em 13 de maio em Apodi

13/05/1761
Neste dia foi afixado Edital na Matriz de Apodi, marcando o dia 12 de junho para a mudança dos índios aldeados nas margens da lagoa, para a Serra de Santana (depois chamada de Portalegre). A determinação da mudança dos Tapuias Paiacús dera-se por queixa dos criadores do Apodi ao governo, pedindo a retirada dos índios e seus agregados para um lugar onde pudessem viver da agricultura, visto terem eles abandonado a vida de caça e da pesca pela vida da rapinagem de seus gados.
O governador de Pernambuco mandou o Dr. Miguel Carlos Caldeira de Pina Castelo Branco retirá-los da antiga Aldeia do Pody para um lugar onde pudessem viver de agricultura. Caldeira, percorrendo a região, encontrou na serra Santana (atual Portalegre) o lugar mais conveniente que encontrou, não só pela uberdade do solo, como pelo numero de moradores para criação de uma vila, existindo uma capela fundada pelos seus primeiros moradores.

13/05/1888
Nasce em Apodi o Dr. Euclides Ferreira Pinto, filho do Coronel Antonio Ferreira Pinto e Claudina Pinto. Formou-se em Direito pela Faculdade de Recife em 1910.

13/05/1916
Neste dia o jornal “Comércio de Mossoró” traz uma exposição do drama da seca de 1915, em Apodi, fazendo as seguintes observações:
- A cidade tinha 15 mil habitantes, que na seca foi acrescida de 400 famílias;
- Ocorreu cerca de 600 mortes por inanição;
- 300 apodienses emigraram para a região Norte.

Fonte: http://potyline.blogspot.com.br/ que fez a pesquisa no livro datas e notas para a História do Apody (Marcos Pinto)

sexta-feira, 11 de maio de 2012

A quem serve o discurso da "Indústria da Seca"? - Agnaldo Fernandes - opiniãol

Agnaldo Fernandes - Agricultor Familiar 
(Formado em Geografia) 
“Indústria da seca” é um termo utilizado para designar a estratégia de alguns políticos que aproveitam a tragédia da seca na região Nordeste do Brasil para ganho próprio. O termo começou a ser usado na década de 60 por Antônio Callado que já denunciava no Correio da Manhã os problemas da região do semi-árido brasileiro.

Os problemas sociais no chamado “polígono da seca” são bastante conhecidos por todos, mas nem todos sabem que não precisava ser assim. A seca em si, não é o problema. 
A seca é um fenômeno natural periódico que pode ser contornada com o monitoramento do regime de chuvas, implantação de técnicas próprias para regiões com escassez hídrica ou projetos e outras alternativas que possibilite o homem do campo conviver com este fenômeno. Porém, a maioria dos projetos executados para anemizar os efeitos da estiagem são frequentemente utilizados para encobrir desvios de verbas em projetos superfaturados ou em troca de favores políticos.
Os “industriais da seca” se utilizam da calamidade para conseguir mais verbas, incentivos fiscais, concessões de crédito e perdão de dívidas valendo-se da propaganda de que o povo está morrendo em estado de miséria. Enquanto isso, o pouco dos recursos que realmente são empregados nos devidos fins, torna-se inútil quando estes utilizados nas famosas "Frentes de Trabalho", onde estes são destinados a construções em propriedades privadas de grandes latifundiários que os usam para fortalecer seu poder ou então, quando por falta de planejamento adequado, se tornam imensas obras ineficazes.

O Açude do Cedro, em Quixadá (CE), é frequentemente utilizado como referência para descrever este tipo de empreendimento da indústria da seca: com capacidade para aproximadamente 126 milhões de m³, foi construído em pedra talhada à mão, com esculturas e barras de ferro importadas, mas que chegou a secar completamente no período de 1930 a 1932, durante um dos piores períodos de seca enfrentados pela região, ou seja, quando mais se precisava dele. Mais uma obra faraônica, na longa história de projetos faraônicos da indústria da seca. É claro que hoje a obra constitui um patrimônio histórico e cultural importante, mas é como distribuir talheres de prata para quem não tem o que comer.

E a história se repete em mais um ano de grande seca no Nordeste. A Transposição do Rio São Francisco é um dos pontos principais da campanha do governo atual e é uma questão mais que polêmica. De um lado estão aqueles que defendem que a obra é legítima e poderá acabar com a seca do nordeste (senão todo, pelo menos grande parte dele). E de outro aqueles que defendem que a obra é mais um fruto da indústria da seca e que além de não resolver o problema, ainda pode agravá-lo ao alterar todo regime hídrico da região e pôr em risco um dos patrimônios naturais mais importantes do Brasil colocando em risco a sobrevivência do próprio rio. Particularmente prefiro ficar com a última conclusão, pois "megas-projetos" nesse Brasil já mais beneficiou a quem realmente merece tal benefício, isso é uma demonstração de que o discurso da "Industria da Seca" está fadado, e que este só tem beneficiado a Classe "politiqueira" desse país. 

Assim a situação segue. Perpetuada antes pelo fenômeno político da chamada “indústria da seca” do que pelo fenômeno natural da “seca” em si, a tragédia que atinge grande parte da região nordeste brasileira e parte da região norte de Minas Gerais costuma ser utilizada (e supervalorizada) para justificar a fome e o subdesenvolvimento econômico e social da região que são, nada mais, do que o reflexo de uma administração duvidosa que faz fracassar qualquer tentativa de reverter este quadro com o intuito de fazer perdurar o modelo de poder vigente.

Texto extraído do site http://www.infoescola.com
Com adaptações de Agnaldo Fernandes.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Evento cultural VIII FESTUERN

FESTIVAL VAI HOMENAGEAR O CINEMA: A ARTE DE RECICLAR IDEIAS

Foi lançado no último dia 19, a Oitava Edição do Festival de Teatro da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte - FESTUERN 2012, que esse ano tem como arte homenageada o Cinema, com a temática "Cinema: a arte de reciclar ideias". O Cimena foi eleito para esta edição do festival por ter enormes possibilidades criativas e remeter a vários universos artísticos, possibilitando, aos diretores e atores, uma fácil inserção do seu tema dentro da peça prosposta.

Desde a sua criação, em 2003, o FESTUERN vem se firmando no cenário cultural e socioeducativo como espaço de formação de plateia e de promoção da cultura, despertando o interesse pelos bens culturais indispensáveis ao exercício da cidadania. Representa um momento singular na construção do conhecimento da cidadania e de uma cultura de paz, o que implica no reconhecimento de direitos e deveres, possibilitando o debate do usufruto de bens materiais, simbólicos e culturais, como indispensáveis à formação da pessoa humana e à construção de uma sociedade de iguais na diferença.

Em sua oitava edição, o Festuern prestará homenagem à cineasta potiguar Jussara Queiroz, que dirigiu filmes premiados nacional e internacionalmente, além de ter atuado como roteirista e fotógrafa.

Jussara Queiroz - Referência no cinema de cunho social e político, a vida de Jussara Queiroz já foi tema do filme "O Voo Silenciado do Jucurutu", dirigido e escrito pelo jornalista e documentarista Paulo Laguardia. A cineasta nasceu em Jucurutu/RN e é graduada em Jornalista e Cinema pela Universidade Federal Fluminense, RJ. Teve sua carreira precocemente interrompida, por uma encefalite que a deixou com sequelas, sérias limitações físicas. Alguns de seus filmes mais conhecidos são: "Um Certo Meio Ambiente", "Um Caso de Vida ou Morte", "Fora da Ordem", "Acredito que o Mundo será Melhor", sendo o mais conhecido, o curta "Árvore de Marcação", que gerou um movimento liderado por jovens contra as injustiças sociais, na Paraíba. Foi premiada pela Organização Católica Internacional para o Cinema - Ocic. Em 2000, foi homenageada com uma retrospectiva de seus filmes no Festival de Cinema de Brasília e ganhou o Prêmio Cultural Diário de Natal.

O VIII FESTUERN tem o patrocínio da PETROBRAS, Governo Federal, Governo do Estado do Rio Grande do Norte, através da Lei Estadual de Incentivo à Cultura (Lei Câmara Cascudo), Prefeitura Municipal de Mossoró e TV Cabo Mossoró (TCM).


Programação 

O VIII FESTUERN acontece entre os dias 6 e 13 de maio, no Teatro Municipal Dix-Huit Rosado.

06/05 - Abertura Oficial (19h30)

07/05 - Menina do Anel de Lua e Estrela (Pendências); Bonita, o Amor de Lampião (Areia Branca); Fulô de Carrapicho (Mossoró); Revoltados (Maisa); Clube Químico (Mossoró).

08/05 - Pi-Pocos (Mossoró); A Riqueza do Lixo (Macau); O Casamento de Maria Feia (Mossoró); Às Avessas (Areia Branca); Antonio, meu Santos (Macau).

09/05 - O Sertão por Patativa (Pendências); O pequeno Reformador (Pendências); Sonho de Infância (Mossoró); Adão sem Eva (Mossoró); Quem Roubou o Meu futuro (Macaíba).

10/05 - Deslumbrante Viagem Doce (Mossoró); O Casamento da Onça com o Bode (Alto do Rodrigues); A comunidade do Arco-Íris (Mossoró); Eu, Tu, Eles, Revivendo a 7ª Arte no Sertão (Currais Novos); O Coronel Avarento (Assú).

11/05 - Uma Viagem aos Tempos Passados (Caraúbas); A Voz que Ecoou nos Ares (São Rafael); Com a Diva em seu Divã (Pau dos Ferros); A Botija dos Punhais (PAtu); A vida de Édipo (Mossoró).

12/05 - O Auto da Sera Santa (Martins); A Nordestina Rebelde (Patu); Deu a Louca na Vovozinha (Mossoró); O Canto da Sereia (Guamaré); O Bem Amado (Pendências).

13/05 - Encerramento - Grupo Zéletrônico (Mossoró)

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Artigo Análise saneamento ambiental Canal do Abolição IV Mossoró - Jorge Filho

Artigo: Análise dos aspectos de saneamento ambiental do entorno do canal pluvial do conjunto Abolição IV, Mossoró-RN.
Autores: Mirla Suyanne Silva de Oliveira, Jorge Luís de Oliveira Pinto Filho, Edna Guilherme dos Pinto Filho e Hermínio Sabino de Oliveira Júnior.

Clique para ver ou baixar

Envie seu artigo científico para tudodeapodi@hotmail.com para publicação.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Chico Pinto



FRANCISCO FERREIRA PINTO  nasceu na cidade de Apodi, no dia 17 de abril de 1895. Era filho  de Cassimiro Ferreira Pinto e Vicência Gomes de Oliveira. Foi agricultor, comerciante e político. Nesta última atividade chegou a Intendência Municipal, Deputado Estadual e foi o primeiro administrador de Apodi com o título de prefeito em 1928. Foi um político de grande prestígio em toda a região e bastante conhecido no Estado, pelo seu trabalho e dinamismo. Conseguiu importantes melhoramentos para sua terra.

Chico Pinto, foi considerado como um dos mais experientes políticos do Rio Grande do Norte no seu tempo. Por isso, despertou  nos seus adversários em Apodi  os sentimentos de inveja e perseguição, o que motivou a trama de sua morte com o objetivo de ganharem a eleição de 1934 em Apodi e no Estado. No dia 02 de maio daquele ano foi assassinado no seu próprio lar quando se preparava para dormir. Apesar do acontecimento, o Partido Popular ao qual ele pertencia, foi vitorioso em Apodi e no Rio Grande do Norte. O lamentável episódio teve grande repercussão no Rio Grande do Norte. Em frente à Prefeitura Municipal existe uma pequena estátua em homenagem a Francisco Ferreira Pinto. 

Fonte: Apodi, sua história. Válter de Brito Guerra.