Sou eu, um nada.
Um nada que vaga, no nada do mundo...
Quem sou?
Sou eu como a flor...
Beleza inconstante,
Pureza perecível...
Logo vem o vento... e leva-me.
Vem o fogo e viro fumaça.
Quem sou?
Sou um nada...
Um nada que corre,
Grita,
Chora,
Mas não se cansa...
Mesmo em silêncio,
Protesta.
Quem sou?
Um nada...
Um nada, de um sonho sem fim,
De um brilho caído,
De sentimentos incompletos,
De um sorriso calado,
De emoções frustradas...
Quem sou?...
Um nada...
Simplesmente um nada a existir...
Raimundo Torres - (Apodi-RN, 1986)
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