LUIS MARINHO NETO, nascido em 21 de agosto de 1993, filho de Maria Luzinete Marinho e Francisco Paulo Freire. Cresceu em pleno desenvolvimento urbano da cidade de Apodi, Rio Grande do Norte. Envolto a manifestos que transpiram ações culturais, cresce um menino franzino, decidido e briguento. O menino não aguenta desaforos, não aceita o errado e busca sempre a justiça e igualdade, mesmo que para isso tenha que discutir e guerrilha, com armas ou a punho.
O menino gosta também de jogar bola com os amigos nas ruas de terra de sua cidade pacata, voltando todas as noites empoeirado para casa e entre discussões e castigos, e aproveita o tempo que lhe resta com, seu herói e confidente, Luiz Marinho Filho, seu avô.
Quando ele tinha meados de quatro (04) anos de idade, perde o pai, avô, amigo e mentor, Luiz Marinho Filho, o homem responsável pela sua inserção no mundo da cultura; ele era escultor, idealista e herói, e nas horas vagas trabalhava como agricultor e marceneiro, especializado em construção de gangaias, que era de onde ele retirava a renda para sustentar uma casa com sete (07) filhos e dois (02) netos. Seu neto, “O Menino” acima citado, aprende o valor da vida, da família e acima de tudo o valor e o amor à cultura. O Menino chora a perda difícil ouvindo e declamando Nelson Gonsalves.
O ano é 2003, em meio às aulas de capoeira, ele faz novos amigos, que tem pensamentos iguais ou parecidos, e juntos começa a idealizar e planeja projetos ligados ao mundo cultural, dentre eles a criação de um grupo de dança de rua, sendo o primeiro na historia de Apodi. Após quatro (04) anos de movimentos ligados a capoeira, no ano de 2007, resolve sair do grupo de capoeira que o formou e funda o Street Dance, grupo de manifestos cultuais na área de dança, dentro da escola na qual estudava. Depois de sua saída da escola, participa da fundação e do tempo áureo do “Style Street” atualmente conhecido por Cia. Dúbio Dance. Nela desenvolve vários projetos ligados ao mundo da dança, hoje também da música, fazendo varias apresentações, propagando um novo gênero musical em sua cidade, o Rap. Fez várias apresentações em todo o Rio Grande do Norte, até que decide sair da Companhia.
Em 2011, três (03) meses após sua saída da companhia, encontra novos parceiros (ARD - Associação Raimunda Dantas), que o influencia nas escolhas futuras. Foi convidado por um amigo para participar da leitura do texto do Auto da Paixão de Cristo no ano de 2012. Desde então seu intuito foi participar como figuração e dançarino, assim dado aceito o convite, e lá chegando, nos testes, notam que aquele Menino tinha desenvoltura para o fazer teatral e pode ser uma peça chave para os trabalhos seguintes. Participa do espetáculo e, logo em seguida, investe na área procurando cursos de qualificação.
Alguns meses depois é convidado para fazer o papel central em mais uma grande produção da ARD, Associação Raimunda Dantas, o Auto de São João Batista 2012. Desde então, liga-se definitivamente ao fazer cultural da ARD, e funda juntamente de outros integrantes a CIA. Teatral Casarão, a única companhia de teatro em atualidade em Apodi. Junto a ARD e a CTC realiza trabalhos juntamente da 13ª Dired, como à homenagem a mulher que nomeia a ARD, Dona Raimunda Dantas, o espetáculo leva o nome de “Dona Mundinha”; também realizou em parceria com a mesma no ano de 2013 a esquete teatral “Comedia de Circo”.
Juntamente à esses trabalhos, participou de eventos como a semana global de empreendedorismo, com a esquete teatral “Empendedolismo”, realizado em várias cidades do Rio Grande através do Sebrae/RN. O menino participou dos Autos: Auto da Paixão de Cristo e Auto de São João Batista do ano de 2013, desenvolvendo dessa vez não só a função de ator, mas agora também desempenhando a função de preparador de elenco.
Agora de uma coisa, tenho certeza: “O Menino” cresceu! Virou homem e visa voos tão altos que nunca sonhou. Ele hoje usa tudo que aprendeu com seu avô a favor de seus ideais, de suas lutas, unindo sua perseverança ao seu jeito afobado de querer resolver tudo aqui e agora, para ter um desempenho bem maior e com mais qualidade seus trabalhos.
Amante da boa música, gosta de citá-los sempre em rodas de conversas, pois diz que é deles que tira incentivo pra continuar lutando; compositores e bandas como: Cazuza, Raul Seixas, Piaf, Renato Russo, Belchior, Charlie Brawn Junior, Detonautas, Caetano Veloso, Cordel de Fogo Encantado, Capital Inicial, entre outros. Atualmente Luis Marinho trabalha como Ator, Diretor e Dramaturgo na cidade de Apodi.
Contatos:
@luismarinho21
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