sexta-feira, 31 de maio de 2013

As perspectivas da Caravana Agroecológica de Apodi - Agnaldo Fernandes

Além dos agricultores, lideranças de movimentos, técnicos, acadêmicos, dentre outros representantes da sociedade civil, os próximos organizadores das Caravanas Agroecológicas rumo ao III Encontro Nacional de Agroecologia (ENA) também participaram das atividades na zona da mata. A ideia é multiplicar esse método de mobilização e conscientização por todo o país, de modo à visibilizar a agroecologia e ampliar o debate com a sociedade.

Para a avaliação das atividades e apresentação das perspectivas em sua região, conversamos com Agnaldo Fernandes, do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Apodi, do Rio Grande do Norte. Nos próximos meses está prevista uma caravana no município, que passa por um momento difícil com a possibilidade da instalação de um mega projeto de irrigação que está ameaçando as organizações e cultivos agroecológicos locais.

Como você viu a forma de organizar a caravana na zona da mata?
Agnaldo
– Faço uma avaliação extremamente positiva do evento, porque a gente conheceu várias experiências que reafirmam que a agroecologia e a agricultura familiar são um viés para o Brasil na geração e distribuição de renda. Por pessoas simples e humildes, mas que respeitam a natureza. Elas sabem muito bem produzir e respeitar o meio ambiente, diferentemente do agronegócio. Essa caravana serve para afirmar isso: a agroecologia é viável, apesar de muitos falarem o contrário tentando legitimar o agronegócio. É muito positivo vermos aqui dentro das práticas, que os agricultores através das organizações conseguem essa autonomia de gestão dos territórios gerando renda e economia solidária. Isso nos deixa maravilhado com o evento.
 
Como você vê o ponto de vista operacional da caravana, já na perspectiva da sua realização no Apodi?
Agnaldo
– A metodologia é bastante interessante, em todas as comunidades e cidades que passamos, pensamos repetir isso que é positivo. Vamos rever algumas coisas da questão do alojamento do pessoal, mas a dinâmica da troca de saberes é válida e importante para a gente tirar como positivo e aplicar em qualquer região e território que vá sediar um encontro regional das caravanas.

Vocês já estão se reunindo e pensando nas rotas?
Agnaldo
– A gente teve uma primeira reunião no mês passado, e afirmamos que a gente tem o interesse de sediar o encontro lá. A data e número de pessoas ainda não trabalhamos, e as rotas vamos também tentar mostrar a organização dos grupos que produzem agroecológicamente respeitando o manejo da caatinga: a apicultura que é um potencial muito forte, a produção de polpa de fruta, grupos artesanais, grupos de mulheres, etc. No município de Apodi tem mais de 70 associações comunitárias, então é mais para a gente estar visitando esse histórico da organização. E também confrontar com um projeto de irrigação que está sendo proposto para ser instalado lá nos modelos do agronegócio, que coloca em ameaça toda essa produção agroecológica e a autonomia dos grupos. É uma questão de modelo, de confrontar também essas idéias e mostrar que aquilo tudo está em ameaça.

Teremos algumas dificuldades para realizar a caravana lá, porque as cidades são um pouco mais distantes, como Apodi, Mossoró, Caraúbas, Governador, Felipe Guerra, que têm experiências agroecológicas bastante interessantes. Pretendemos explorar o sertão do Apodi, são locais com uma dinâmica mais complicada e vamos ver como faremos essas rotas, depende também dos recursos e apoio.

Fonte: Site da ANA.

Recursos naturais do Apodi

A região da Chapada do Apodi possuía uma interessante variedade de animais silvestres, considerada como uma das mais ricas do Estado, e uma floresta de grandes reservas vegetais. Algumas espécies animais que representavam grande valor, são hoje raramente encontradas. Outras podem ser consideradas extintas, tais como a ema, tatu-bola, onças, porco-do-mato, pelo menos na área pertencente a Apodi, graças a matança indiscriminada de animais em qualquer época.

Nunca se fez sentir, nesta região, qualquer medida visando a proteção da fauna e da floresta, área bastante conhecida pela riqueza de sua vegetação e a quantidade de animais silvestres que ali existi-am. Tal como a fauna e a floresta sofre, também, a impiedosa devastação do machado e das queima-das, sem que se observem medidas de reflorestamento.

Animais, aves e pássaros são abatidos diariamente. Para a caçada não se reserva período durante o ano. Não se faz distinção de idade ou tamanho do animal, nem se respeita a época da postura ou da procriação. O mesmo ocorre em relação ao peixe.

Assim, diante dessa marcha ininterrupta de destruição desse recursos para combater o mal, que tem raízes profundas.

O corte de madeira das mais variadas espécies, constitui uma prática diária por parte dos exploradores madeireiros presentes em todos os pontos da chapada. A ocupação de novas áreas pelos sem-terras, vem aumentando o desflorestamento.

As espécies mais procurada, tais como aroeira, pau branco, sabiá, umburana, cumaru e pereiro, já se tornam bastante escassas.

A extração de madeira, dada a grande demanda para as mais variadas construções, tornou-se um pro-cesso praticamente de erradicação dos nossos recursos florestais naquela região.

Há a considerar, nesse processo de destruição dois fatores preponderantes: de um lado a permanente extração de madeiras para fins comerciais, do outro, as derrubadas e queimadas das matas, para a incorporação de extensas áreas às atividades agrícolas, principalmente agora com a distribuição aos sem-terras.

Relacionamos a seguir os nomes pelos quais são conhecidos nesta região, na sua maioria os animais, as aves, as abelhas e os peixes que compõem a nossa fauna:

ANIMAIS SILVESTRES:

Camaleão, furão, guaxinim, gato vermelho, gato mourisco, gato pintado ou maracajá, macaco, mocó maritaca ou jirita, mucura ou cassaco, onça vermelha, peba, preá, porco-do-mato, raposa, saguim, ta-manduá, tatu,tatu-bola, tejuassu, veado.

Animais considerados extintos:

Onça, veado, porco-do-mato, ema, gato pintado da malha grande.

AVES E PÁSSAROS:

Asa branca, abre-e-fecha, anum branco ou alma brana, anum preto ou anum cachoeira, avoante ou avoete, acauã, azulão, andorinhas, bacurau, bem-te-vi, carcará, carão, colibris ou beija-flores, corujas, caborés, casaca-de-couro, canção, concriz, currupiu, canário, ema (em extinção) fura barreira ou bico de latão, gaviões, galinhas d’água, graúna, galo de campina ou cabeça vermelha, guela d’água, guer-reiro, garças, jacu, juriti, jaçanã, João de barro, lavandeira, maçarico, marrecas, mergulhão, maracanã, mane besta, miúdos, papagaio, periquito, papacu, pega-peixe, pato d’água, pinta silgo, pica-pau, papa-lagarta, papa-pinha ou sonhassu, paturi, patolo, papasebo, papa-capim, peitica ou bico-de pato, rolinhas, rouxinol, seriema, socós sibites, sabiás, sericoia, tetéu, unhambus, urubus, vem-vem, xexeú, xorró.

ABELHAS:

Arapuá, amarela, boca-torta, capuchu Cupira, canudo, inchu, inchuí, italiana, jandaíra, jabatão, jati, mosquito, moça-branca, maribondo, sonhoron, tubiba, limão-canuto.

PEIXES:

Aniquim, apanhari, camarão, cangati, cará, carpa, cascudo, curimatã, gauiú, piau, piaba, pirampeba, sabaru, tilápia, traíra, tambaqui, tucunaré urubaiana.

PLANTAS MEDICINAIS

Há também no município uma rica variedade de plantas nativas medicinais. Mencionamos as seguintes:

Ipepacuonha ou pepaconha, pega pinto, fedegoso, barata-de-pulga, raiz de muçambé, raiz de capitão, raiz de ortiga, imbiratanha, ameixa, quina-quina, raiz de vassourinha, quebra-pedra, cedreira, canela braba, quixabeira, jabotá, milona, jucá, macela.

EXTRATIVISMO VEGETAL

Essa atividade continua sendo, no município uma fonte de renda para muitas pessoas. Vários produtos como pó da folha de carnaubeira extraído para a fabricação de cera, e o fruto da oiticica para a produção de óleo, ambos para exportação. Há também no município reservas de madeira e lenha que são extraídas para diversas finalidades. A macambira é outro produto nativo encontrado na Chapado do Apodi, bastante usada para a alimentação de gado em época de seca.

Fonte: Apodi, Sua História - Válter de Brito Guerra (2000)

Dias - Paulo Filho Dantas

“Quando isso irá acabar?
Todos os dias o amanhecer virá
E eu sozinho
Sem ao meu lado você estar
O que fazer?
Chorar ou sofrer?
Pensar em você
Ou continuar a sonhar?

Esse dia vai chegar
Ele trará a alegria
Toda noite, todo dia
E comigo você vai ficar,
Pra sempre ao meu lado,
Sonharei acordado
E acordado, te amar

Assim os dias passarão
As noites virão
O perfeito aconteceu
Acabou o tempo sofrido
E a noite é testemunha
De amor vivido
Por você e eu’’.

Copiado do: Caminhos do Meu Ser

quinta-feira, 30 de maio de 2013

A culpa de um dia - Raimundo Torres

Um dia olhei e
Vi o mundo morrer.
Vi o homem deixar de refletir,
Deixar de amar e destruir a natureza.
Vi o desespero dos rios.
Vi a água pedir socorro.

Vi flores esmagadas.
Vi a ave cair e não querer mais voar.
Vi pedaços de vidas em baldes de lixo.
Vi o dossiê da droga, manchado de sangue.
Vi o ventre não querer conceber.
Vi o medo gerar covardes.

Um dia vi o ódio gerar seres insensíveis.
Um dia vi alguém a
Perguntar o porquê de tantos males.
Um dia vi o homem
Com sentimentos de culpa,
Chorar e não querer mais viver.

Apodi-RN - Ocasião da realização da Rio 92 (1992)

Padre Philippe Bourel (II) - Por Marcos Pinto

Subsídios para história religiosa de Apodi - Padre Phillipe Bourel (II)



A fundação do Apodi representa um esforço da civilização espiritual no meio da violência das guerras entre a nação indígena, e da preocupação econômica dos curraleiros, cuja atividade foi, sem dúvidas, importante para o desenvolvimento econômico da região. Prejudicaram-na as rivalidades entre os chefes militares, Capitães-Móres e autoridades camarárias. Destrinçar,porém, o que há de verdade e de falso nos capítulos e informações que entrecruzam às dezenas, é assunto já alheio à nossa história. Não o é dizer que foi de suma importância a atuação dos missionários jesuítas, que no plano espiritual agiram de forma eficaz.

Não há como enveredar pela história da conquista e colonização do RN sem ressaltar a importância da atividade dos jesuítas, em cuja conquista intervieram pessoalmente nas pazes com os potiguares. Essa atividade divide-se em três períodos: O primeiro foi o de conversão e catequese intensa antes da invasão holandesa; O segundo período compreende as lutas travadas pelo gentio indígena entre o rio Assu e o Jaguaribe com a ALDEIA DO LAGO PODY, e ao mesmo tempo e até o fim nas fazendas e aldeias. 

O Padre Francisco Pinto, principal agenciador das pazes, em carta de 17 de janeiro de 1600, recapitula e completa as notícias afirmando que havia no distrito do RN cerca de 150 aldeias, já desfalcadas de gente pela terrível epidemia da varíola. Os índios potiguaras afeiçoaram-se muito ao Padre Francisco Pinto.

No capítulo concernente à carta do Padre Mateus de Moura, já referida no artigo anterior, em que aborda a carismática figura do respeitável e magnânimo Padre Philipe Bourel, segue a narrativa daquele jesuíta: "...A vida da ALDEIA DO LAGO PODY continuou neste ambiente de apostolado em meio versátil e difícil, durante alguns anos, até que a 15 de maio de 1709 faleceu nela o padre Philipe Bourel". Estava só no tempo em que faleceu, por andar fora em missão o seu companheiro.

Se, não era ainda, mas já ordenado de sacerdote, o padre BONIFÁCIO TEIXEIRA, foi-o algum tempo depois. Não há narrativa deste período. Com a morte do padre Philipe Bourel, sucedeu-o o seu colega Bonifácio Teixeira, que no ano de 1711 tinha feito o batismo de mais de 150 meninos e 70 adultos indígenas, que assim morreram cristãos. Muitos, porém, recusavam por antigas superstições.

Há que se observar o importante perfil espiritual do padre Philipe Bourel traçado pelo celebrado historiador LORETO COUTO, em sua consagrada obra intitulada "DESAGRAVOS DO BRASIL", em anais da Biblioteca Nacional - Rio de Janeiro, pág. 350: "Sábio, a sua ciência é atestada pelo fato de que o Padre Provincial de Portugal, antes de embarcar o Padre Philipe Bourel, pediu ao Provincial do Brasil que lhe cedesse um ano "para ser Lente de matemática na Universidade de Coimbra. Carta de 10 de fevereiro de 1695. 

O Padre Philipe Bourel fez em Coimbra, a 02 de fevereiro de 1695, a sua profissão solene. O historiador JOÃO ANTONIO ANDREONI escreveu sobre ele uma breve biografia latina. Conta-se que ressuscitara uma criança, que morreu sem batismo, e ele vendo a mãe chorar, desenterrou a criança que voltou à vida; e batizando-a, ainda durou algum tempo. Diz o historiador LORETO COUTO, em obra já citada, que conservava-se uma pintura desse fato na Aldeia do Apodi, aonde se dera a cena, e cujos ecos recolheu o renomado historiador. Resta a indagação: Onde estará esta memorável e histórica pintura?.

A missão jesuíta em Apodi seguiu sua trajetória espiritual. Recrudescendo as perturbações e mostrando-se versáteis e inconstantes os Paiacus, o Missionário padre BONIFÁCIO TEIXEIRA recolheu-se à Olinda, em Pernambuco. Indo para a Aldeia do Lago Pody uma tropa de soldados paulistas para impor a ordem, o Padre Bonifácio acompanhou-a para cuidar espiritualmente dos soldados. A tropa foi desbaratada pela indiada, e o Padre Bonifácio foi ferido, falecendo poucos dias depois. Com essa cruz tumular do padre BONIFÁCIO TEIXEIRA se encerra a HISTÓRIA JESUÍTICA DA ALDEIA DE SÃO JOÃO BATISTA DO LAGO PODI.

Por Marcos Pinto - historiador apodiense 

Copiado do: Potyline

Revelação - Paulo Filho Dantas

“Como é difícil
Querer gostar de alguém
Fazendo sacrifício
Para conquistar
E não receber
De ninguém,
Recompensa
Com você é diferente,
Nada é fingido,
Só retribuído
Por aquilo que dou
Sou feliz
Como aqui estou
Por sua presença
Nossos momentos
Pelo o que vamos passar
E pelo o que passou

Se a saudade um dia bater em mim,
Se um dia me maltratar
Vai ser impossível assim
Tudo isso superar
É difícil suportar
O que sinto no peito
E por mais que tento
Não tem jeito
É impossível meu anseio
De uma louca vontade
Vontade louca de te beijar

Tudo que penso quando estou ao seu lado
Fico calado, mas não invento
Me dá um desejo profundo
De te falar baixinho
Te dou o mundo
Se me deres carinho

Paixão, sentimento forte
Forte pensamento
Que carrego em minha cabeça
Espero que não esqueça
O que sinto por ti
É esse sentimento
Que se chama paixão
Que não vem dos versos
E sim do coração

Um dia teve um sonho
Sonhei te beijando
Em frente ao meu portão
Só que na realidade
Tudo o que eu tenho proponho
Há tempo estou sonhando
Em abri-te o meu coração

Não é maldade
Quero inteira te possuir
E não pensar em solidão
E não me iludir
Quando sentir da tua
O doce beijo
Que me mata de paixão

Nunca vai descobrir o que eu sinto
Por você faço tudo
Pode crer eu não minto
Ainda não descobri o que é amor
Espero um dia conhecer
E sem medo viver
Se continuarmos assim
Isso vai acontecer
Um sentimento puro
Entre você e eu
Entre mim e você’’.

Copiado do: Caminhos do Meu Ser

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Serviço de utilidade pública - Ajuda histórico Antonio Laurêncio Dantas

Olá! Meu nome é Judite Moreira de Sales, eu nasci em Apodí em 1968 e estudei na Escola ANTÔNIO LAURÊNCIO DANTAS em 1988 e atualmente estou morando em São Paulo.
Gostaria muito de saber se consigo meu Histórico Escolar pois devido a falta dele não consigo me especializar em nenhuma área com cursos profissionalizantes e nem no Ensino Superior! 
Por favor, ficaria muito agradecida se pudessem me ajudar! 
Caso tenha alguma alternativa deixo o e-mail de minha filha para entrar em contato: sammy_s2.s2@hotmail.com 
Facebook:http://www.facebook.com/sammy.fernandes.12 Grata.

Padre Philipe Bourel (I) - Por Marcos Pinto

Subsídios para a história religiosa de Apodi - Padre Felipe Bourel (I)


No contexto do marco zero da implantação da civilização no território Apodiense, em especial o capitulo que trata dos primeiros mártires, que deixaram suas marcas existenciais de sangue, suor e lágrimas no venerando e sagrado solo desse belo rincão oestano-potiguar, sobressaem-se as expressivas figuras dos irmãos JOÃO NOGUEIRA e BALTHAZAR NOGUEIRA, cruelmente trucidados pelos índios Tapuias Paiacus a golpes de tacapes e bordunas, nas margens da lagoa do "Apanha-Peixes", fato ocorrido no dia 09 de Agosto de 1688.

Na saga dos martírios infligidos pelas doenças que infestavam as primitivas matas do sertão Apodiense, aparece a exponencial figura do sacrossanto padre Jesuíta PHILIPE BOUREL, que, segundo alguns historiadores, teria sucumbido à ação devastadora da febre amarela, naqueles remotos dias grassando pela densa vegetação nativa. Segundo relato histórico existente no volume V da Coleção "HISTÓRIA DA COMPANHIA DE JESUS NO BRASIL" - Séculos XVII e XVIII, de autoria do Pe. Jesuíta SERAFIM LEITE, o Padre PHILIPE BOUREL faleceu no lugar denominado de "ALDEIA DO LAGO PODY" a 15 de Maio de 1709.

O venerando Padre PHILIPE BOUREL nasceu na cidade denominada "colônia", na Alemanha, no ano de 1659. Entrou para a Companhia de Jesus, cujos padres e missionários eram conhecidos como jesuítas, no dia 19 de Março de 1676, com a tenra idade de 17 anos. Quando aportou no Brasil, foi trabalhar nas Missões Jesuítas do lugar conhecido como "RODELAS DO SÃO FRANCISCO''. 

Seguindo suas memoráveis e cristãs pegadas, encontramo-lo situado no Assú-RN, onde chegou no mês de dezembro de 1699, acompanhado do Padre JOÃO GUINCEL, sendo recebidos de forma hospitaleira e gentil pelo Mestre-de-Campo MANUEL ÁLVARES DE MORAIS NAVARRO, comandante do famigerado "Terço dos Paulistas", aquartelado na ribeira do Assú. Aportara na imberbe Capitania do Rio Grande já imbuído de catequizar os belicosos índios Tapuias Paiacus, da nação Tarairiú, vilados pelo Ouvidor MARINHO no ano de 1688, em lugar que ficou conhecido como "Córrego da Missão".

No Arquivo Histórico Ultramarino,em Lisboa (Portugal) existe, meticulosamente guardada na Caixa RN-1, 07/04/1700, uma certidão lavrada pelo próprio padre Philippe Bouerel, na sua Missão do Podi, de cujo documento existe um Microfilme na Divisão de Pesquisa Histórica da Universidade Federal de Pernambuco. 

A consagrada e celebrada historiadora FÁTIMA MARTINS LOPES transcreveu, na íntegra, dito documento histórico, inserido no livro de sua autoria intitulado "ÍNDIOS, COLONOS E MISSIONÁRIOS NA COLONIZAÇÃO DA CAPITANIA DO RIO GRANDE DO NORTE- pág. 254 - COLEÇÃO MOSSOROENSE - Série C - volume 1379 - Outubro de 2003. Vejamos:

"Certifico eu o Pe. Philipe Bourel, da Companhia de Jesus que vindo eu no mês de dezembro dos anos de 1699 do Assu para a Missão do Podi da nação Payaku pelo grandíssimo risco que havia, por ser necessário passar pela terra dos Maroduzes, por outro nome Jandoims nação fera e bárbara que não somente se tinhão gabado de me ver de matar a mim, mas em efeito depois me acometerão na minha Missão atirando com muitas espingardas, matando e cativando muita gente desta minha Missão.

Fui acompanhado pelo Capitão Joseph de Moraes, o qual vindo por cabo da mais tropa não faltou com alguma de sua obrigação provindo os postos, e ordenando sentinelas com muito cuidado; além de que por espaço de mês e meio não havendo nestes desertos nem moradores nem sustento me acudiu com todo o necessário buscando o com grande enfado e trabalho pelos matos; não menos acodindo assim por suas próprias mãos, como por um escravo que vinha a sua conta a levantar logo casa de sobrado para minha morada, e por isto assim lhe passei esta por mim assinada neste Podi nos anos de 1700 aos 7 do mês de Abril.

Philippe Bourel da Companhia de Jesus 
Missionário da Igreja de São João Batista na Aldeia do Podi.

Imagine-se a precária e calamitosa situação vivida pelo Padre Philippe Bouerel. A situação de conflito constante entre colonos, indígenas e Missionários jesuítas levou o governo central a expedir o ALVARÁ RÉGIO DE 23 de novembro de 1700, ordenando que cada Missão recebesse uma légua de terra em quadra para o sustento dos índios e Missionários residentes, liberando legalmente o restante da terra para a colonização e obtendo a garantia do suprimento de mão de-obra aos colonos.

Há que se observar que nessa légua em quadra o Sargento-Mór de Entradas MANOEL NOGUEIRA FERREIRA invadiu, instalando sua fazenda num alto ou colina que ele denominou de "Outeiro", lugar onde nasceu o atual "QUADRO DA RUA", enfrentando resistência do Padre Philipe Bourel, por cujos apelos não logrou êxito, sendo certo que já no ano seguinte de 1701,  Manoel realizava trabalhos de alinhamento do povoado, sofrendo embargo do sesmeiro Antonio da Rocha Pita. Nascia, assim, a atual cidade de Apodi.

Vejamos o que diz o Padre Jesuíta MATEUS DE MOURA, em carta enviada aos Superiores da Companhia de Jesus no Brasil, datada de 31.12.1711, a respeito da atuação do colega Pe. PHILIPPE BOUREL: "...O Pe. PHILIPE BOUREL com o irmão estudante BONIFÁCIO TEIXEIRA catequizam igualmente os não menos bárbaros paiacus. E como defende dos inimigos por meio de soldados de El-Rey, era muito amado deles e viviam em comum nas aldeias, ainda que saíam alguns meses durante o ano a recolher frutos do mato.

Por Marcos Pinto - Historiador apodiense

Copiado do: Potyline

Amor, infinitivamente, amor - Paulo Filho Dantas

“Tanto procurei
Até que encontrei
Alguém para eu amar
Foi difícil, mas busquei,
Não encontrando, ainda tentei
Na certeza de um dia encontrar
A coisa mais linda e bela
E então de repente, ela
Com toda formosura, singela
Veio meu coração a conquistar

E é por isso que hoje
Tento conquistá-la um pouco mais e mais
A cada dia
Quero sentir verdadeiramente
O amor
Que como flor
Em mim nascia
Será o infinito,
Será tão bonito
Amá-la como eu queria

Não faço planos para o futuro
Pode haver um muro
Que impeça os meus pensamentos
Quero viver o presente,
Esquecer o passado,
Pois lá estão os lamentos
Sem deixar disfarçado
O amor que eu sinto
E o que tu sentes

Um dia vamos ficar juntos
Só nós dois
Sem nos preocupamos
Sem pensarmos
No depois
Chegará um dia
Que nosso amor não terá fronteiras
Nem haverá barreiras
Para o sentimento
Que em meu peito ardia
E na paz deste momento
Tudo isso me faz viver
Tudo isso também só para dizer
Que a única em minha vida
É você’’.

Copiado do: Caminhos do Meu Ser

Outrora de Agora (Aos meus avós paternos) - Raimundo Torres


Não existe mais,
Os meus sonhos de menino.

Não existe mais,
O sussurrar dos ventos,
o sorrir dos lábios
Que reprimir ao
Silenciar meu interior.

Não existe mais,
As flores e os espinhos
Que esmaguei ao dar vazão
Ao meu lado réprobo.

Não existe mais,
O não sou capaz de ser,
Pois aprendi a ser, sendo.

Não existe mais,
O ontem que pretendi fazer algo.
A outrora de agora,
Não existe mais.

terça-feira, 28 de maio de 2013

Apodi na festa de 35 anos de Telecurso

Uma festa no Jardim Botânico do Rio de Janeiro marca os 35 anos do Telecurso - uma iniciativa da Fundação Roberto Marinho em parceria com a Fiesp que já formou mais de seis milhões de estudantes.

Um grupo de alunos montou uma exposição para falar sobre as várias etapas do aprendizado. Foi lançado o livro Incluir Para Transformar, com a metodologia, os pensadores e as práticas do Telecurso.

Participaram da festa os governadores de Pernambuco, Eduardo Campos; do Rio Grande do Norte, Rosalba Ciarlini; do Amazonas, Omar Aziz e do Rio de Janeiro Sérgio Cabral.

O ministro da Educação Aloizio Mercadante anunciou a assinatura de um convênio com a Fundação Roberto Marinho para levar o projeto a outros estados do Brasil.

“Foi um grande instrumento ao longo destas décadas, que nós queremos fortalecer cada vez mais e ampliar. Nós estamos fazendo uma contribuição muito ampla, para trabalhar em várias dimensões da educação”, afirmou o ministro.

Caubí Torres (professor) e Francisco Gilliad representaram Apodi no evento. No RN o telecurso recebe o Conquista. Caubí e Gilliard receberam a incumbência da Fundação Roberto Marinho de apresentar a realidade da turma que funciona na comunidade de Córrego. Veja fotos da viagem e do  evento. 

 Gilliard e a governadora do RN, Rosalba Ciarlini
 Governadora, Secretária de Educação e a turma do Conquista RN
Ministro visitando a barraca do Conquista
 Caio Blatt que também fez gravação para o projeto

 Zezé Motta que também participou do telecurso nas gravações das aulas

 Equipe do Conquista e o Ministro da Educação Aloísio Mercadante
 Equipe Conquista aguardando o início da comemoração
 Roberta Rodrigues apresentadora

 Zeca Camargo também foi apresentador do evento

Mesmo que a vida - Paulo Filho Dantas

“Mesmo que a vida não seja
Bastante para eu declarar
Todo somente porque deseja
Teu corpo ao meu encontrar
É na solidão do meu ser,
Que procuro cada vez mais reviver
Formidável que aconteceu passado.
Entre mim e tu há um elo
Forte, impávido sol amarelo,
Mil e um dias com ti ao lado.

Mesmo que a vida não seja
Capaz de me por ao alcance
Da tua face madura-cereja,
Trigueira flor do puro romance
Ilumina a embriaguez do pensar,
Por causa só desse uno olhar
Perde-se tudo que foi meditado,
Pelas mentes loucas na humanidade
A surgência de fazer-se necessidade
Poesia devaneia, poeta excitado.

Mesmo que a vida me imponha
Leis naturais cabíveis ao homem,
Quiça dela ainda se componha
Partículas que, rápidas, consomem
Todo inteligível querer humano
Ao compartilho daquele desengano,
De pensar saber tudo sobre estrela.
Cigana distante, errante e brilhosa
Que convida interessar a lua airosa
A razão fugaz de não crê-la.

Mesmo que a vida me convoque
Para nela me deliciar na beleza,
Peço para afastar-se do toque
Leve sopro de envolvente pureza,
Mas que venha toda a ternura
E o branco dia não torne amargura
Negra luz de sentir partido,
Me ame como nunca me amou,
Porque a aurora agora cantou
Nosso momento, aquele esquecido.

Mesmo que a vida ainda insista
Em que eu disfarce o que penso,
Acho melhor que ela desista,
Meu tormentar é bastante extenso
Não cabe dentro da minha cabeça,
Parece loucura, porém esqueça
Aquilo que guardo comigo padece,
Peço ajuda esperada do gênio bom,
Pois a melodia está fora de tom,
A carne branca precisa de prece.

Mas mesmo que a vida ofereça
Seu sangue em forma dela,
Deixo sem que ela padeça,
Mas sofro pela figura singela,
Pois seu sorrir é assim demasiado,
Seu falar é assim encantado,
Teu perfume me leva a alturas,
Quero-a para sempre comigo,
Serei herói, amor e sem tigo
Viverei eternamente em loucuras’’.

Copiado do: Caminhos do Meu Ser

As regiões do Apodi

Apodi está dividido em quatro áreas: Região da Chapada, Região das Pedras, Região do Vale e Região da Areia, com características geográficas diferenciadas por sua composição do solo e economia.




REGIÃO DA CHAPADA

É uma área localizada ao norte do município, de grande importância econômica. Os solos são férteis e estão incluídos entre os mais velhos e produtivos do Brasil e um subsolo muito rico em água. Tem uma área estimada em mil km. é a única elevação de terreno existente no município, chegando a atingir metros. Em forma de planalto, a chapada se estende também por vários municípios e parte do Estado do ceará.  

A Chapada do Apodi estende-se no sentido leste-oeste desde Ceará - Mirim, no Rio grande do Norte, até muito a oeste de Russas, no ceará, interrompida apenas pelos vales dos rios Piranhas – Açu, Apodi-Mossoró e Jaguaribe. Constituída por uma porção calcária, está provida de uma rede subterrânea de drenagem, formado, certamente, numa era em que uma região gozava de um clima mais unido. As águas caídas sobre a chapada escoam-se profundamente, indo alimentar perenes em lugares distantes.

São riquezas da chapada, dentre outros minerais, o petróleo, gás natural, mármore e bauxita. O petróleo é explorado pela Petrobrás, através da perfuração de poços, de onde se extrai, também o gás natural, o que traz renda para o município, através dos royalties e dos impostos do ISS pagos pelas empresas que atuam na região.  

Na Chapada de Apodi, a Petrobrás instalou um campo petrolífero do Riacho da forquilha, distante km da sede, onde operacionaliza poços do petróleo e de gás natural, combustível escoado através de oleoduto e gasoduto que passam pelos municípios de Apodi, Felipe guerra e Caraúbas. 
Do calcário são extraídos toneladas de cal que são exportadas para várias localidades. O calcário forma uma camada compacta coberta de leitos de arenitos que são portadores de água. As terras são boas para formação de pastagens.

Os terrenos são ricos em cálcio que é importante para a cultura do algodão. Além das culturas de subsistência, como o milho e o feijão, existem também culturas alternativas, como o sorgo e a mamona. Predomina, nesta área, a criação de caprinos e agora despontando a apicultura.

Na região da Chapada, concentram-se os latifúndios e todos os projetos de assentamentos rurais do município, onde são cultivados caju, melancia e melão. Hoje, em decorrência dos vários poços perfurados na chapada, existem projetos de irrigação de hortaliças e frutíferas. Nessa região, localiza-se também o Lajedo de Soledade, considerado o segundo maior Sítio Arqueológico do Brasil.

No entanto, vem ocorrendo um grande desmatamento por causa da queima de madeiras para a produção de carvão vegetal. Da floresta original, hoje, só existe uma pequena reserva na localidade de Baixa verde. A macambira é encontrada na área e muito usada no período de seca para alimentar rebanhos bovinos.    

REGIÃO DAS PEDRAS

Fica ao sul do município. É uma área coberta por pedras seixas, lajedos e serrotes. O Solo é impermeável devido a formação geológica constituída de seixos cristalinos e de argila muito endurecida. A vegetação é de Caatinga. O terreno apresenta-se acidentado a partir da comunidade de Santa Rosa. 

Nessa área, fica localizada a Barragem de Santa Cruz parte dos açudes existentes no município. Alguns tipos de vegetais característicos da região de Caatinga são aí encontrados, como: marmeleiro, jurema, catingueiro e outros. 

REGIÃO DO VALE

Situada ao leste, é conhecida também como a região da várzea de Apodi. É uma planície, geologicamente, constituída de aluviões sobre os arenitos da formação Açu inferior. Os aluviões são formados de argilas escuras, limos e areias.   

O solo tem areias de quartzo e materiais cristalinos em sua composição. A vegetação é rala, e existem em quantidade o velame e o mofumbo em moitas isoladas. A carnaúba e a oiticica são vegetais característicos das várzeas, onde a água é localizada a pequena profundidade. Até o final da década de, a carnaúba era uma importante riqueza do município. O pó extraído das folhas era usado na fabricação de cera, chegando a existir na cidade de Apodi, algumas fábricas artesanais de prensagem da cera de carnaúba. Empregava muitas pessoas que trabalhavam no período de estiagem. São fatos da história econômica que merecem registro: “A várzea de Apodi ainda é coberta por um extenso carnaubal, embora já bastante devastado, que, num período passado, produziu riquezas no município’’.

Hoje, os carnaubais do Vale do Apodi foram reduzidos, mas pó da folha da carnaúba continua sendo extraído para a fabricação de cera. Do fruto da oiticica produz-se o óleo. Essas atividades continuam sendo exercidas por várias pessoas, já que se trata de produtos com mercado garantido, apesar de existir a necessidade de mais incentivos governamentais.

A carnaúba vem perdendo seu espaço para outras culturas de maior importância para o mercado da globalização. Atualmente prioriza-se a produção através da irrigação do cultivo de arroz e de frutas tropicais, como: banana, manga, limão, mamão, coco-da-baía e outros, uma vez que o subsolo é muito rico em água. 

A região do Vale é uma área de minifúndios onde predomina a agricultura de subsistência. Apesar do deslocamento de pessoas para a Região da Chapada após os assentamentos rurais e a perfuração de poços tubulares, continua bastante povoada, não perdendo seu significado político e econômico no contexto geral do município. 

REGIÃO DA AREIA

Localizada a oeste do município, a região tem extensos tabuleiros arenosos e vegetação rala utilizada para pastagem dos animais. O marmeleiro é um dos vegetais encontrados nessa área, como também os gramíneas, sendo que, no limite com o Ceará, são localizadas árvores de maior porte e uma vegetação mais espessa.As terras são próprias para o cultivo de feijão e as árvores baixas são utilizadas para o cultivo de milho, arroz, e algodão. 

Nesta região, também exploram-se a apicultura e a criação de caprinos, ovinos, bovinos e suínos. 
É uma região que também é voltada para a plantação de cajueiros. Possui fábricas de beneficiamento de castanha para a exploração (Sítio Córrego) e pequenas fábricas para beneficiamento da polpa de caju para fabricação de suco (Sítio Floresta).

Fonte: Apodi, Um olhar em sua diversidade - Cleudia Pacheco Bezerra e J. Carlos Baumann

Sede de liberdade - Raimundo Torres

Em uma noite qualquer,
Não pensarei como agora.
Não sentirei a brisa noturna...

Em uma noite qualquer,
Estarei a sorrir e a abrir
Meus braços pra um mundo diferente.
Sonharei.
Silenciarei perante mim.
Fingirei não existir.

Em uma noite qualquer,
Lá estarei a contemplar
A quietude de um ser,
Que, com medo caminha emudecido.
Ele sentirá medo.
Sentirei pavor.
Pavor como qualquer, que
Na ingenuidade para ante tempo, tudo e todos.

Gritarei ante a noite um canto triste.
E ecoarei de mim um
Soluço-pranto com sede de LIBERDADE.

E uma noite qualquer, despertarei meu ser calado...
E assim, como quem tem asas,
Num voo quieto, não serei mais eu...
Apensas uma LEMBRANÇA.

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Carta de Lucia Tavares


Eu sou Lúcia Maria Tavares, minha família é descendente dos índios Paiacus, tapuia da grande nação Kariri, em terras do Apodi.

Histórias salpicada de lance dramático, de lutas e sofrimentos, de ambições, vinganças e crimes de toda espécie. Histórias também pontilhada de gestos de coragem, fé e heroísmo.

Questão de muitos anos entre índios e civilizados, em que prevaleceu e prevalece, finalmente, a lei do mais forte, esbulhando direitos de patrimônios alheios. Porque é este, geralmente, o caminho, o destino, o desfecho das questões, entre fortes e fracos. Já dizia o filósofo que a justiça é invenção dos fortes, dos poderosos, para subjugar os fracos.

Desde 1825, Apodi se calou a respeito dos Tapuias Paiacus. Dia 24 de Abril de 2013, estive na FUNAI de Natal-RN, e falei com o Sr. Martinho Andrade, chefe da coordenação, e me declarei com orgulho índia Tapuia Paiacu de Apodi.

Hoje faço parte das reuniões da COEPPIR (Coordenadoria De Políticas De Promoção Da Igualdade Racial), e também da APOINME (Articulação Dos Povos e Organizações Indígenas Do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo).

Copiado do: Blog do Toinho

Jorge Silva - repórter

JOZEMÁRIO ALVES DA SILVA, conhecido como Jorge Silva, nasceu no Sítio Grossos, próximo ao Sítio Cápua, na cidade do Apodi/RN, no dia 11 de agosto de 1985, filho de José Chagas Neto e Arilene Alves da Silva, o famoso Zé dos Grossos. Não tem lugar certo para morar, hoje está em Apodi, amanhã em Natal e assim vai. 

É uma pessoa que gosta de curti a noite, esta com os amigos, adora uma boa balada. Valoriza muito suas amizades, se apega ate demais ao ponto de ter ciúmes, detesta falsidade e traição, fica doente quando é traído por um amigo. 
Não é evangélico, mas acredita que eles estão certos.  Gosta muito de ler a bíblia é louco por livros, teve um livro que se apaixonou chamado "As mais belas parábolas''.

Fez apenas o ensino fundamental até o 9º ano, numa escola do Sítio Apanha Peixe, infelizmente deixou de estudar, mas procura sempre está bem informado. 

Atualmente trabalha com a equipe do S.O.S Notícias do RN, sua função é a de divulgar o site, trazendo informações sobre Apodi e demais regiões. Exerce também a função de repórter na TV Buchada. 

Uma frase sua: A diferença entre mim e a realidade, é que eu vivo a realidade, mas a realidade não faz parte de mim.

Fonte: Jorge Silva

Sítios e fazendas do Apodi

Região da Chapada (Norte):

Alto da Boa Vista, Aurora da Serra, Abreu, Algodão, Boca da Mata, Baixa Verde, Cobiçado, Aurora, Boa Vista, Aldeões, Chaves, Campinas, Canto de Varas, Coaçu, Carrasco, Cruzeiro, Chiqueiro dos Bodes, Forquilha, Góis, Guiné, João Pedro, João Leite, Laje do Meio, Lajes, Laje da Oiticica, Lagoa do Clementino, Manópolis, Malhada do Juazeiro, Mulungu, Mirasselva, Pereiro da Raiz, Nordestino, Nova Esperança, Ostra, Peque, Pau dos Ferros, Primazia, Riacho da Forquilha, São José, Quixabeirinha, São Bento da Serra, Reis Magos, São Manoel, São Francisco, São Sabino, São Luis, Soledade, Taboleiro Grande.

Região das Pedras (Sul): 

Ameno, Arção, Aldeia, Água Fria, Bom Jardim, Bezerro, Baixa Grande, Barro Vermelho, Acauã, Carpina, Caboclo, Cachoeira, Bonito, Cipó, Crispim, Canoa,Campo Grande, Carrilho, Cápua, Consulta, Diamante, Divisa, Gangorra, Grossos, Horizonte, João Dias, Inveja, Lagoa Rasa, Lajes, Mansidão, Lagoa do Mato, Melancias, Lagoa do Mocambo, Macaé, Marrecos, Mineiro, Mocambo, Ponta d’água, Milona, Olheiro , Novo Nilo, Poço Verde, Pedra d’Água, Pendência, Primavera, Prado Pitombeira, Residência, Riacho Baixo, Riacho das Carnaúbas, Reforma, Rapé, Salgado, Santa Cruz, Santa Rosa, São Paulo, São Vicente, Saquinho, Serrista, Sucupira, Traíras, Varanda, Várzea da Carreira, Veados, Vertentes, Várzea da Salina.

Região da Areia (Oeste):

Alagado, Barro Branco, Baixa Funda, Aurora da Serra, Boa Esperança, Barreiras, Boa Sorte, Boca da Mata, Bela Fonte, Barra, Carnaubinha, Brabos, Cuvico, Baixinha, Coqueiro, Cruzeiro, Cotó, Córrego, Fortaleza, Empresa, Floresta, Goianinha, Gangorrinha, Ipueira do Bois, Garapa, Jatobá, José de Adrião, Juazeiro, Lagoa do Eugênio, Lagoa do Feijão, Lagoinha, Largo, Lagoa de Dentro, Lagoa do Mato, Missões, Lagoa Amarela, Morada Nova, Pau Ferro, Minas, Pé de Serra, Nova Descoberta, Ponta, Planalto, Pau Ferrado, Reta, Retiro, Riacho de Jacó, Sabiá, São João da Roça, Saquinho, Tabuleiro Grande, Tapada, Urbano. 

Região do Vale (Leste):

Abreu, Água Fria, Apanha Peixe, Arapuá, Baixa Fechada, Bamburral, Barrocas (Barocas), Bela Vista, Bico Torto, Boa Vista, Caldeirão, Campina, Campo Limpo, Carafosca, Carnaúba Seca, Carpina, Carrilho, Cipó, Espinheiro, Estreito, Frutas Vermelhas, Garrafa, Gauxinim, Juazeiro, Juncal, Juventude, Lagoa de Lama, Lagoa de Pedra, Lagoa Seca, Olho D’água, Paulista, Pé de Serra, Pindoba, Queimadas, Reforma, Rio Novo, Santa Rosa, São Lourencinho, São Lourenço, São Vicente, Sororoca, Trapiá, Várzea da Carreira, Vertente.

Fonte: Apodi, Sua História - Válter de Brito Guerra

Avisos - Paulo Filho Dantas

“O amor sentido por ti
É quente lava vulcânica,
Mineralogia encravada titânica
Cristalizada na jovem poty.

Os cabelos negros noturnos
Lisos que encantam o rosto
E os olhos ao miro posto
Cintilam quais dois saturnos.

O amor sempre renascerá
A um lábio que recitará
Os segredos mais escondidos.

No coração tão sufocado
Do sacio não controlado
Invocando-lhe aos avisos’’.

Copiado do: Caminhos do Meu Ser

domingo, 26 de maio de 2013

Apodi tem representante no Rio de Janeiro na comemoração de 35 anos do Telecurso

O professor Caubí Torres e o aluno Francisco Giliard representam Apodi na cerimônia de comemoração dos 35 anos do Telecurso no Jardim Botânico do Rio de Janeiro. 

O Telecurso, programa de TV que surgiu em 1970 com o intuito de levar escolaridade básica a quem precisava concluir os estudos, comemora 35 anos de sua primeira exibição em 2013. 

A cerimônia de aniversário contará com a presença do ministro da Educação, Aloizio Mercadante, além do presidente da Fundação Roberto Marinho, José Roberto Marinho, e governadores e ex-governadores de estados que adotam ou já adotaram o Telecurso. O evento acontecerá amanhã segunda-feira (27), a partir das 18h, no Espaço Tom Jobim, situado no Jardim Botânico do Rio de Janeiro. 

O livro "Incluir para transformar - Metologia Telessala em cinco movimentos", sobre a metodologia que já formou mais de seis milhões de estudantes, será lançado durante a solenidade. O material é reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC) e é adotado por governos, empresas e instituições. 

A história do Telecurso será transmitida ao vivo pela internet, com vídeos, depoimentos e apresentações artísticas. Na entrada do teatro haverá, também, uma feira/exposição na qual os estudantes e professores irão apresentar os cinco grandes temas que resumem a trajetória do programa: tempo/história, TV e tecnologias, currículo, metodologia e qualidade/resultados. 

O Telecurso é uma iniciativa da Fundação Roberto Marinho em parceria com a FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo). 

Caubi (professor) e Giliard (aluno) são da Turma Conquista da Escola Estadual Professora Maria Zenilda Gama que funciona em um anexo na Escola Municipal Isabel Aurélia Torres na comunidade de Córrego.

Para o aluno Giliard é uma responsabilidade muito grande, além de ser um prazer poder representar todos os alunos do município e participar de um evento desse porte. "O telecurso mudou a minha forma de pensar novas perspectivas da educação brasileira". Veja fotos da viagem tirada no dia de hoje.: 

Visita ao Museu de Arte do Rio (MAR) 




 Veja o Cristo Redentor em ciam do morro


 Foto tirada de cima do Hotel Novo Mundo, No fundo a Praia do Flamengo

Amanhã tem mais fotos da comemoração. 
Fonte: http://ne10.uol.com.br

As mudanças de comportamento no Apodi

As transformações verificadas nos últimos sessenta anos, na vida da sociedade apodiense, nos diversos aspectos do seu comportamento foram, de um modo geral, bastante acentuadas. 

Sobre o comportamento da família, em si, encontramos sensíveis diferenças no que diz respeito aos preceitos de obediência, de religião e da moral. Com relação aos pais, por exemplo, o hábito de o filho pedir a benção, atualmente, é coisa quase desconhecida, principalmente quando os jovens se aproximam da maioridade, Filhos fumar diante dos pais, antigamente era grande falta de respeito e um pecado na opinião de todos. Raríssimo o filho, que hoje, respeita este preceito. Ir a qualquer diversão sem avisar os pais, sem autorização, não era permitido. 

E quando para isto se ausentava, tinha hora marcada para retornar a casa. Moça ir a um baile sozinha, nem pensar. Impreterivelmente era acompanhada de uma pessoa de confiança, que a vigiava constantemente, apesar de o baile realizar-se em casa de família (particular), como era costume. Antes e deitar-se à noite para dormir a criança era obrigada a rezar diante da mãe e em seguida, pedir a benção. 

O mesmo ritual era feito pela manhã, ao levantar-se. Atualmente estes hábitos são muito raros. É um costume praticamente desaparecido. Com relação aos sentimentos de respeito às tradições religiosas, e dando uma olhadela para o passado, lembramo-nos de que beijar a mão do vigário era o respeito que ele imprimia à população. A benção do vigário era rigorosamente pedida por todos. Constitua uma forma de receber o conforto espiritual. 

A confissão particular e a comunhão eram atos de fé, devoção, praticados com muita confiança e religiosidade. Adota-se as confissão comunitária. As promessas feitas em público, naqueles tempos, com a esperança de obter graças ou milagres são atualmente, práticas raras. Ainda existem na Igreja – Matriz de Apodi, os cofres de Nossa Senhora da Conceição, de São João Batista e o cofre das almas, onde as pessoas colocam esmolas na intenção e com a fé de obterem graças para o alivio de males e sofrimentos.

O ato de colocar no cofre das almas ou dos santos uma moeda (esmola) traduz; simplesmente a fé, o desejo às vezes desesperado de alcançar uma graça, de ser amparado na hora da aflição. Apenas isto. A doação significa, na realidade, um pedido ao santo protetor.

Os trajes das mulheres, na igreja, no passado, tinham que ser muito discretos. Vestido comprido, abai-xo do joelho, sem decotes, véu, era assim que devia apresentar-se na casa de Deus, como exigia o velho sacristão da igreja do Apodi, Manoel José Dantas, de saudosa memória. 

Lembro-me de um vigário da paróquia de Apodi que não aceitava de bom grado na missa de quarta-feira de cinza, pessoas que tivessem brincado o carnaval. Pelo mesmo motivo não dava cinzas a essas pessoas
.
Todos esses sentimentos, preceitos e usos como símbolos da fé e da crença em Deus e nos santos, estão quase todos os sepultados, esmagados pelas transformações modernas, que abriram os cami-nhões dos vícios e da desagregação da família.

Fonte: Apodi, Sua História - Válter de Brito Guerra

Quando penso em você - Paulo Filho Dantas

“Quando penso em você
Eu já não me conheço
Da realidade eu esqueço
As noites são mais longas
E as esperanças são antigas
Mas tão vividas
Que construo o meu mundo
Em meus apelos

Quando penso em você
O coração estremece,
A cabeça enlouquece
Quero te abraçar
É possível viver assim?
Só por causa
Desse teu beijar?

Quando penso em você
Eu insisto em te querer,
Mesmo sabendo que a saudade
Fora da realidade
Chega outra vez
Não consigo te esquecer

É quando penso em você
Que fico voando
Para longe, viajando
Sem preocupações com o amanhã
O coração fica descontrolado
A montanha mais alta já tenho escalado
Só pra gritar que eu te amo
Meu divã

Mas quando penso em você
Não sei se existo
Mesmo assim insisto
Em ter-te pra mim
Quando a saudade bate no peito
O coração dispara, não tem jeito
Nunca me deixe sofrer assim’’.

Copiado do: Caminhos do Meu Ser

sábado, 25 de maio de 2013

Apodi comemora erroneamente a data de emancipação política



Vários municípios potiguares comemoram erradamente a data de emancipação política, entre eles: Mossoró, Assu e Apodi.
        Apodi foi criado no dia 11 de abril 1833 e não a 23 de março de 1835, pela Resolução do Conselho Presidencial da Província do Rio Grande do Norte, assinada pelo então presidente, Dr. JOÃO JOSÉ FERREIRA DE AGUIAR
        A Resolução de nº 18, de 23 de março de 1835 apenas aprovou o que o referido Conselho havia feito.
         O então governador Iberé  Ferreira de  Souza através do Decreto Nº 21.705,de 21 de junho de 2011 fez consertar a data certa de nossa querida e amada Polícia Militar que erroneamente comemorava  a data de sua criação, 4 de novembro de 1835 e  passou  a comemorar a data certa, 27 de junho de 1835.

        A seguir vamos transcrever a Resolução que aprovou a criação do município de Apodi, com o português da época:
RESOLUÇÃO Nº 18, DE 23 DE MARÇO DE 1835
BASILIO QUARESMA TORREÃO, Presidente da Província do Rio Grande do Norte.
Faço saber a todos os habitantes, que a Assemblea Legislativa decretou e eu sanciono a Resolução seguinte:

Art. 1º Fica aprovada a Vila do Apody, criada pela Resolução do extinto Conselho Presidencial de 11 d’Abril  de 1833.

Art. 2º - Os limites do seu município, são os que lhe farão marcados pelo extinto Conselho da província na Sessão de 14 de maio de 1834, com a exclusão somente das Fazendas, e sítios que fizeram a quem do meio da caatinga do Upanêma, que fica servindo de divisão nesta parte, ao referido Município, e ao da Villa da Princeza.

Art. 3º Fica nenhum efeito qualquer disposição em contrário. Mando portanto, a todas as autoridades, a quem o conhecimento e execução da referida Resolução pertencer, que  cumprirão, e facão cumprir tão inteiramente, como nela se contem. O Secretário da província a faça imprimir, publicar, e correr. Cidade do Natal, aos 23 dias do mea de Março de 1835, décimo quarto da Independência do Império.

BAZILIO QUARESMA TORREÃO
Presidente da Província.

Nesta Secretaria do Governo foi publicada a presente Resolução aos 23 de Março de 1835. Manoel Joaquim Pereira do Lago. Registrada a folhas 6 do Livro 1º do Registro de Semelhantes. Secretária do Governo, na Cidade do Natal, 23 de Março de 1835.
LUIZ PEDRO  ÁLVARES FRANÇA

FONTE – ANAIS DA BIBLIOTECA NACIONAL, VOLUME 111 – 1991

       Portanto, Apodi em 11 de abril de 2013 deveria ter comemorado seu CLVVV aniversário de emancipação política.
       A Prefeitura Municipal,  Câmara Municipal  e Academia Apodiense de Letras devem  agir no sentido de colaborar para que a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte faça a reparação desse erro.
       Veja o Decreto que fez com a Polícia Militar deixasse de comemorar erradamente a sua data de criação:

DECRETO Nº 21.705, DE 21 DE JUNHO DE 2010

Dispõe sobre o reconhecimento da DATA DE CRIAÇÃO e
DATA DE ORGANIZAÇÃO da Polícia Militar do Estado do
Rio Grande do Norte e dá outras providências.

O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE, no uso da atribuição que lhe confere o art. 64, VII, da Constituição Estadual e com fulcro no art. 11 da Lei Complementar Estadual nº 163, de 5 de fevereiro de 1999, e
Considerando as inúmeras pesquisas históricas existentes acerca do tema;
Considerando a correta interpretação que atualmente é dada à “fala do Presidente da Província do RN”, datada de 07 de setembro de 1936;
Considerando a importância de estimular o patriotismo e a consciência do importante papel perante a sociedade da Polícia Militar do Estado do Rio Grande do Norte,

D E C R E T A:

Art. 1º Fica reconhecido o dia 27 de junho de 1834 como data de criação da Polícia Militar do Estado do Rio Grande do Norte.
Art. 2º Fica reconhecido o dia 04 de novembro de 1836 como data de organização desta Corporação.
Art. 2º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Palácio de Despachos de Lagoa Nova, em Natal, 21 de junho de 2010, 189º da Independência e 122º da República.
IBERÊ PAIVA FERREIRA DE SOUZA

Cristóvam Praxedes

Copiado do: Portal Oeste News

Pra você - Paulo Filho Dantas

“Pra você eu daria
O meu céu, meu infinito
Só pra você eu cantaria
Tudo que há nas canções
De mais bonito

Pra você me entreguei
De corpo e alma
De você precisarei
Em todos os momentos
Pois és minha calma

Pra você me entrego
Com todo amor
Apenas você eu veneno,
Esse meu cheiro
De flor

Pra você com carinho
Lhe faço esses versos
Que me lembram seu jeitinho
Beija-me agora
É o que te peço

Pra você lhe prometo
Uma vida sem sofrimento
De promessa não esqueço
De quem sabe um dia
Ser nosso casamento

De você é o que
Eu preciso
Dormirei e sonharei
Com nós dois
No paraíso

De todas as coisas
Que quero neste mundo,
Uma delas
Contigo se casar
E a outra será
Viver contigo cada segundo’’.

Copiado do: Caminhos do Meu Ser

O namoro de antigamente no Apodi

O namoro é o ato de namorar, de inspirar amor, simpatia. Antigamente, quando havia mútua simpatia entre rapaz e moça, dizia-se que estavam namorando. Era o inicio do romance amoroso. De acordo com os costumes da época, que já vai longe, era realizado com o máximo respeito, sempre a distancia, com timidez, pois qualquer cena não recomendável era o motivo de censura ou de escândalo. 

A troca de cartas entre namorados, nos velhos tempos, um meio muito usado para se comunicarem. Era através desse tipo de correspondência que muitas vezes se entendiam, fazendo suas declarações, suas queixas,  enfim, seus sentimento. Qualquer liberdade que permitisse um contato mais intimo, entre os namorados, tinha que ser feito em lugar reservado. Moça beijada era moça falada. 

O rapaz pegar na mão da moça, publicamente, significativa compromisso de casamento – de noivado. Com todas essas barreiras, impostas pelos preceitos da época, vez por outra uma donzela era desvirginada. Perdia a honra antes de casar, o que representava um grande escândalo. Quando o rapaz se recusava a casar, a coisa se complicava. Significava este fato, para a família ofendida, uma vergonha ultrajante. Em virtude desse acontecimento, hoje tão vulgar, naqueles tempos poderiam surgir vinganças com crimes de morte. Feridas nos seus brios, muitas famílias adotavam a violência em defesa da honra de suas filhas.

A justiça punia os crimes ofensivos à honra das donzelas. Cheguei a ver rapaz preso na cadeia do Apodi, por ter praticado esse crime. Esse tipo de punição não existe mais, carta fora do baralho. E hoje como é o namoro? Simplesmente a moça se entrega ao rapaz, que tem a liberdade plena para praticar outros atos, além do simples namoro. 

O respeito à honra praticamente não existe. O tabu foi quebrado, a moral da família abalada. Os pais já não têm mais o domínio sobre os filhos. Criou-se uma situação nova na estrutura da família apodiense que aos poucos vai perdendo o sentido da união da estabilidade social, afastando-se dos princípios da religiosidade e da moral.

Fonte: Apodi, Sua História - Válter de Brito Guerra

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Apodiense terá matéria publicada na revista EXTENDERE da UERN


A apodiense, Iara Poliana, terá matéria publicada na revista extendere da UERN, segundo ela o trabalho foi realizada no início de 2012 mas só agora no mês de junho de 2013 é que será publicada.

A matéria fala a respeito do método de ensino de uma escola da zona rural de Apodi. "Esse trabalho parte de um breve comentário sobre o planejamento e o contexto histórico da escola da zona rural e do planejamento, para discutir como acontece a implementação do planejamento na atividade docente nas salas multisseriadas, numa escola da zona rural do município de Apodi/RN considerada modelo de ensino da educação do campo," relata Iara.

A Revista EXTENDERE é uma publicação semestral, gratuita, ligada a Diretoria de Desenvolvimento Social – DIRDES da Pró-Reitoria de Extensão – PROEX da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte - UERN. Tem por objetivo a divulgação e valorização de ações de extensão institucionalizadas coordenadas por professores e pesquisadores (de pós-graduação e graduação) de todo o país. Este periódico é uma continuação mais refinada e acadêmica dos Anais do V Colóquio de Extensão da UERN, publicado no ano de 2011, que deixou latente o grande potencial na UERN para publicações na área da Extensão Universitária, além de outras Instituições de Ensino Superior do Estado do Rio Grande do NORTE. Conta com o suporte logístico das Edições UERN.

O Conselho Editorial (Científico) é composto por docentes e pesquisadores de diferentes Instituições de Ensino Superior (IES), encarregados da avaliação da qualidade dos trabalhos (artigos), com conteúdos de relatos de extensão, em processo de análise para publicação, tendo como responsabilidade a emissão de pareceres sobre o material submetido.

Em entrevista ao blog ela disse: "Quando resolvi falar sobre a educação rural, não foi por acaso, pois minha mãe foi professora da educação rural por muitos anos e eu fiz meu fundamental I em classes multisseriadas, realizar esse trabalho trouxe memórias da minha formação, das minhas origens e olhar para esse trabalho mim orgulho, pelo meu esforço, as angustias para realizar o mesmo, mas que no final tudo valeu a pena porque eu escrevi uma parte da minha vida que foi a educação do campo".

Nota: Parabéns para Iara Poliana pelo seu trabalho. Sucesso!

Copiado do: Blog do Jair Gomes

Cidade do Apodi representada na expo MILSET Brasil

Projeto cera de abelha no revestimento de frutos na Expo MILSET

Mais uma vez representando as escolas públicas apodienses em uma exposição de auto nível está o projeto: Uso da cera de Abelha no revestimento de frutos, da Escola Estadual Maria Zenilda Gama Torres. A estande do projeto: ‘Uso cera de abelha no revestimento de frutas’ é uma das que mais recebem visitações, mostrando a importância desse premiado projeto.

Aluno francisco Jociel expondo projeto a visitantes

Os responsáveis pelo desenvolvimento do projeto: Antonio Tôrres Geracino, Francisco Jociel de F. Fernandes, Huguenberg de Oliveira Santos e a orientadora Antonia Gidélia da Costa Oliveira, reafirmaram sua satisfação em mais uma vez participar de um evento tão grandioso. Wallace Edelky de Souza Freitas da UFERSA, ausente no evento, também orientou o projeto.



A diretora da 13ª DIRED, Raimunda Ferreira freire, se mostrou mais uma vez feliz em ver a educação do município de Apodi representada em um grande evento, levando o nome do estado e da cidade para outras fronteiras. A diretora da DIRED também agradeceu ao governo do estado pelo apoio recebido, o que tornou possível o projeto está em uma exposição de tamanha importância.

Diretora da escola Zenilda Gama Eleuza Gurgel 
ao lado de Jociel, Hugeumberg e Geracino

A diretora da escola Zenilda Gama, Eleuza Gurgel, disse que o projeto além de contribuir para o desvalimento dos alunos se sentia feliz pela oportunidade que o projeto representa como possível fonte de renda para os estudantes.

Copiado do: Blog do Toinho

Acidentes geográficos no Apodi

RIOS QUE BANHAM O MUNICÍPIO:

Dois rios cortam o município de Apodi: O rio do mesmo nome (Rio Apodi) que nasce na serra de Luís Gomes e depois de percorrer aproxidamente 300 km deságua no Oceano Atlântico, no município de Areia Branca, neste Estado, depois de banhar as cidades de Pau dos Ferros, Apodi, Felipe Guerra, Governador Dix Sept Rosado e Mossoró. 

E o Rio Umari que nasce na serra de Martins. Seu curso é de apenas 70 km e é o principal afluente do rio Apodi, onde deságua no Sítio Juazeiro, na região do vale do Apodi. Quando transborda causa sérios prejuízos às populações ribeirinhas

PRINCIPAIS RIACHOS:

Riacho Mulungu, riacho de Cápua, riacho da Barra, riacho das Missões, riacho da pedra D’água, riacho das Melancias, riacho do Arção, riacho da Forquilha, riacho do salgado, riacho de Santa Isabel, riacho Carnaúba Seca, riacho de Santa Rosa, riacho Serrista, riacho do Retiro, riacho do Sítio do Padre.

CHAPADA DO APODI:

Única elevação de terreno existente no município. Está elevação, na parte mais alta não chega a atingir 200 metros. Em forma de planalto a chapada se estende por diversos municípios do Rio Grande do Norte e parte do estado do Ceará. Sua área é estimada em 8.000 Km².

PRINCIPAIS AÇUDES E LAGOAS

O município de Apodi não dispõe de um número considerável de reservatórios d’água, considerando sua área territorial, 1.459 Km². O maior é a Barragem de Santa Cruz com 600 milhões de metros cúbicos, e o segundo é a Lagoa do Apodi, na sede municipal. Quando cheia, pode chegar a vinte milhões de metros cúbicos. Os demais reservatórios são de pequeno volume de água. O potencial hídrico é completado pelas reservas do lençol freático, de grande proporções, conforme estudos já realizados.

Pelas características do relevo do solo, o município de Apodi não apresenta grandes áreas apropriadas para a construção de açudes ou barragens. Segundo levantamento feito no território do município, o número de açudes e barragens não chega a 100. Enumerados, a seguir, os principais:

AÇUDES: 

Açude do Arção, de Brabas, de Baixa Grande, Barro Vermelho Bravos, Bonito, Bezerro, Cápua, Cachoeira, Canoas, Inveja, Milona, Mocambo, Mulungu, Mansidão, Melancias, Marrecos, Pintado, Pedra d’água, Pitombeira, Rapé, Santa Rosa, Salgado, Santa Isabel, Sucupira, São Dimas, Serrista, Traíras.

LAGOAS:

Lagoa do Apodi, Lagoa dos Bravos, Lagoa do Bamburral, Lagoa Boa Vista, Lagoa do Clementino, Lagoa Comprida, Lagoa do Cuvico, Lagoa de Dentro, Lagoa do Feijão, Lagoinha, Lagoa do Mato, Lagoa de Mina, Lagoa Rasa, Lagoa Seca.

Fonte: Apodi, Sua História - Válter de Brito Guerra

Vida, que vida? - Paulo Filho Dantas

“A vida tão se foi passageira
Imortalizo da alma etérea
Corpo debilitado une-se à terra

Vida mundana adoenta o espírito
Purificando a imundície material
Sua memória vaga como folha seca.

Vida tão sem sentido
Idolatrada pelos humanos presentes
Fazem da solidão necessidade.

O sol retira do meu corpo
Moléculas de suor que evaporam,
Retira-me juventude, impõe-me velhice

Homem e mulher seres fantásticos,
Imperfeitos precisam de par
Por carência externam seus íntimos.

Ave revoando minha cabeça
Nada mais além desde voo
Observa não viver passado e futuro.

Com que finalidade existo?
Para os prazeres do sofrer
Ou para tortura dos próximos?

Os olhos só conseguem ver
Até onde nossa visão alcança
Nada além, por desespero, podemos enxergar.

A história sempre se refaz
Com personagens diferentes
Mas iguais a você e eu.

Num universo perdido
Habita os segredos esquecidos
De um alguém morto que não feneceu.

Negros dias, noites em claro
O tempo me impossibilita
De planejamentos. Planos pra que?

Sou com faminto africano
Como sedento no deserto
Que encontrou a máquina do tempo’’.

Copiado do: Caminhos do Meu Ser

quinta-feira, 23 de maio de 2013

A alimentação de Apodi no passado

A alimentação da família apodiense, em anos normais, nos tempos antigos, sempre se caracterizou pela simplicidade. Como época de referência, para este estudo, consideramos as últimas décadas do século passado e as primeiras deste.

Uma família de nível médio, geralmente tinha sua mesa farta, com alimentos variados. As informações a esse respeito, nos chegam através de pessoas que guardam na memória as tradições orais, que passam de geração a geração. Somos de opinião, portanto, que a alimentação, antigamente, era mais farta na mesa das famílias. Para se ter uma ideia, basta ver que naquela época eram servidas quatro refeições durante o dia. Hoje não existe essa possibilidade. As refeições eram servidas da seguinte maneira:

Café da manhã: Entre às 6 e às 7 horas; onde  serviam-se leite, queijo, tapioca, cuscuz, bolachas;
No almoço: Entre às 9 e às 10 horas; comiam-se carnes de gado, de aves (diversas) arroz, feijão tem-perado, farinha de mandioca, mungunzá, cuscuz, ovos;
Na janta: Entre às 2 e às 3 horas da tarde; serviam-se carne, feijão temperado, arroz, farinha de man-dioca, ovos, carne de aves.
Na ceia: às 6 horas ou um pouco mais tarde; nessa refeição o alimento predileto era a coalhada ado-çada com rapadura raspada, cuscuz, leite, tapioca, café.

A classe pobre alimentava-se com feijão, arroz, farinha de mandioca, batata doce, mungunzá, rapadu-ra, caça (aves e animais silvestres), peixes. A carne para o pobre era alimento difícil. Raro era o dinhei-ro para adquirir o produto. 

O município possuía uma grande e variada quantidade de aves e animais silvestres. A caça, portanto, era uma segurança da população carente, no que diz respeito, a alimenta-ção de todos os dias, inclusive o mel de abelha que havia com fartura. A caça era pegada ou abatida com muita facilidade. Tamanha era a quantidade existente no município.

Os fazendeiros de maior renda tinham o hábito de abater uma rês (bovino) por mês para o consumo da casa. Semanalmente abatiam uma criação (caprino ou ovino), e às vezes suíno. Isto, atualmente, é difícil acontecer.

Fonte: Apodi, Sua História - Válter de Brito Guerra