Imortalizo da alma etérea
Corpo debilitado une-se à terra
Vida mundana adoenta o espírito
Purificando a imundície material
Sua memória vaga como folha seca.
Vida tão sem sentido
Idolatrada pelos humanos presentes
Fazem da solidão necessidade.
O sol retira do meu corpo
Moléculas de suor que evaporam,
Retira-me juventude, impõe-me velhice
Homem e mulher seres fantásticos,
Imperfeitos precisam de par
Por carência externam seus íntimos.
Ave revoando minha cabeça
Nada mais além desde voo
Observa não viver passado e futuro.
Com que finalidade existo?
Para os prazeres do sofrer
Ou para tortura dos próximos?
Os olhos só conseguem ver
Até onde nossa visão alcança
Nada além, por desespero, podemos enxergar.
A história sempre se refaz
Com personagens diferentes
Mas iguais a você e eu.
Num universo perdido
Habita os segredos esquecidos
De um alguém morto que não feneceu.
Negros dias, noites em claro
O tempo me impossibilita
De planejamentos. Planos pra que?
Sou com faminto africano
Como sedento no deserto
Que encontrou a máquina do tempo’’.
Copiado do: Caminhos do Meu Ser
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