sexta-feira, 24 de maio de 2013

Vida, que vida? - Paulo Filho Dantas

“A vida tão se foi passageira
Imortalizo da alma etérea
Corpo debilitado une-se à terra

Vida mundana adoenta o espírito
Purificando a imundície material
Sua memória vaga como folha seca.

Vida tão sem sentido
Idolatrada pelos humanos presentes
Fazem da solidão necessidade.

O sol retira do meu corpo
Moléculas de suor que evaporam,
Retira-me juventude, impõe-me velhice

Homem e mulher seres fantásticos,
Imperfeitos precisam de par
Por carência externam seus íntimos.

Ave revoando minha cabeça
Nada mais além desde voo
Observa não viver passado e futuro.

Com que finalidade existo?
Para os prazeres do sofrer
Ou para tortura dos próximos?

Os olhos só conseguem ver
Até onde nossa visão alcança
Nada além, por desespero, podemos enxergar.

A história sempre se refaz
Com personagens diferentes
Mas iguais a você e eu.

Num universo perdido
Habita os segredos esquecidos
De um alguém morto que não feneceu.

Negros dias, noites em claro
O tempo me impossibilita
De planejamentos. Planos pra que?

Sou com faminto africano
Como sedento no deserto
Que encontrou a máquina do tempo’’.

Copiado do: Caminhos do Meu Ser

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