domingo, 2 de junho de 2013

Quem me dera que eu viva - Paulo Filho Dantas

“Quem me domina,
Que me abandona
É paisagem de colina
Ou noite de Verona

Que eu siga
Que eu lute
Por toda vida
Que é meu ilude

Quem me conduz,
Quem me afaga
Algo que induz
Um lágrima afogada

Que eu retarde
Que eu invente
Sofrer quem guarda
Um olhar luzente

Quem me conquista
Quem me escutas
São lendas maoítas
E lições de conduta

Que eu aprenDa,
Que eu recomece
Canção tão lenta
Memória minha esquece

Quem me perdoa,
Quem me salva
Lua noite à toa
Branca, amarela, alva

Que me termine,
Que me refaça,
Errando qual cine
Reprisando a vidraça

Quem me oferece
Quem me tortura
Flor bela que fenece
Murchada de amargura

Que eu deseje
Que eu queira,
Ao solo rasteje
Desfaça em poeira

Quem me dera,
Quem me ver
Obediência à espera
No principio do prazer

Que eu viva,
Que eu ame
A vida lida
Uma dor infante’’.

Copiado do: Caminhos do Meu Ser

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